Escola Bíblica Dominical - Lições Bíblicas CPAD Adultos - 4° Trimestre de 2024
As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu
Lição 6: A Promessa de Cura Divina
10 de novembro de 2024
DEVOCIONAL DIÁRIO
Leitura diária - Terça-feira
O pecado corrompeu toda a natureza humana (Romanos 3.9-12)
“Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado, como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.” (Romanos 3.9-12)
Terça-feira, 5 de novembro de 2024

Imagine uma sala cheia de espelhos. Cada um reflete uma imagem diferente de quem você é — alguns espelhos mostram sorrisos que você já ofereceu, momentos em que foi generoso e amável; outros espelhos, porém, capturam olhares de frustração, palavras que feriram, ou gestos de descuido. No fundo, você sabe que alguns espelhos são difíceis de encarar, pois mostram facetas da sua natureza que preferiríamos esquecer. Mas esses espelhos não estão ali para nos condenar, e sim para nos lembrar de quem somos diante de Deus.
O apóstolo Paulo, ao escrever sobre a realidade do pecado, nos mostra algo profundo: cada ser humano, em essência, carrega uma falha em sua natureza. Em seu comentário, ele ecoa as palavras do salmista que diz que “não há um justo, nem um sequer”. Não há um coração completamente puro ou uma vida totalmente isenta de erros. Somos todos, de alguma forma, marcados pelo pecado — e é isso que corrompe a nossa natureza. Este pecado é como um sussurro constante no fundo da alma, que nos faz perder a inocência que Deus idealizou para nós.
Talvez em algum momento você já tenha pensado, “Bem, não sou tão ruim assim” ou “Sou até uma pessoa boa.” De fato, talvez você seja realmente bondoso, compassivo, e sincero. Mas a questão que Paulo nos traz é mais profunda do que ações isoladas. Ele revela que o pecado não é apenas uma coleção de atos errados; é uma condição da alma. É como uma corrente invisível que nos puxa para longe de Deus e dos Seus caminhos. E, embora cada pessoa tenha grande valor aos olhos de Deus, ninguém pode reivindicar pureza diante Dele.
Lembre-se de uma flor que, plantada em solo infértil e contaminado, começa a murchar, independentemente de sua beleza inicial. Não importa o quão bela seja a flor ou o quanto o jardineiro a cuide, se a raiz não estiver em solo fértil, ela nunca alcançará seu pleno esplendor. Assim é a nossa natureza humana, contaminada pelo pecado. Deus nos criou à Sua imagem, como uma obra-prima — mas fomos plantados num solo de escolhas rebeldes, de desvios e de independência que nos afastam do Criador.
Mas Deus, em Sua infinita graça, não nos deixou sozinhos nesse solo estéril. Ele enviou Seu Filho, Jesus, para restaurar o que foi perdido, para oferecer um novo solo, uma nova vida, para cada coração que O busca. Cristo veio como o Salvador para nos resgatar dessa condição corrompida. Ele nos dá a oportunidade de sermos replantados em solo fértil, de sermos regenerados, renovados, de dentro para fora. Em Cristo, temos uma chance de nos libertarmos da sombra do pecado que nos prende, e de caminharmos em liberdade e santidade.
Se pararmos para refletir e olharmos para esses espelhos da alma, perceberemos a nossa necessidade desesperada por Jesus. Não há outro que possa nos limpar, nos redimir, e nos dar uma nova natureza. Ele é o único que, ao ver a nossa condição, não se afasta, mas se aproxima. Ele vê além da nossa fragilidade, além dos nossos erros, e nos oferece perdão e renovação. Jesus pagou o preço por cada erro, por cada momento de fraqueza, e hoje nos convida a uma vida diferente.
Hoje, o convite de Deus é que aceitemos nossa carência Dele, reconhecendo que, sozinhos, somos imperfeitos e insuficientes. Ao olharmos com honestidade para quem somos, encontramos na cruz de Cristo a resposta que o nosso coração anseia. Ao nos entregarmos a Ele com fé e humildade, recebemos o perdão, o amor e a transformação que somente Ele pode oferecer.
Assim como um jardim sem vida pode florescer quando é regado e nutrido, a nossa alma, ao ser tocada pela graça divina, pode ser restaurada. Então, ao olhar para o espelho hoje, que possamos ver não apenas nossas imperfeições, mas também a obra de Cristo em nós, que nos purifica, nos transforma e nos conduz de volta ao propósito que Deus sonhou para cada um de nós. Que a nossa carência por Ele seja o início de uma caminhada em direção à vida plena e verdadeira que Ele nos oferece.
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