O salmista mostra a expectativa de vida mais curta
- Mensageiro da Nova Aliança
- 7 de nov. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 14 de nov. de 2024
Escola Bíblica Dominical - Lições Bíblicas CPAD Adultos - 4° Trimestre de 2024
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DEVOCIONAL DIÁRIO
Leitura diária - Quinta-feira
O salmista mostra a expectativa de vida mais curta (Salmos 90.10)
“A duração da nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos.” (Salmos 90.10)
Quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Há um mistério delicado e profundo no Salmo 90. O salmista, contemplando a fragilidade humana, nos revela o limite da vida como um reflexo da brevidade que abraçamos no tempo presente. Ele nos lembra que o ser humano, criado para viver eternamente, viu seus dias reduzidos. A expectativa de vida, que um dia era infinita, foi reorientada após a Queda. Hoje, nossos anos se aproximam dos setenta ou oitenta, e mesmo com todo o progresso da ciência, essa é a realidade para muitos no mundo. Esse poema antigo, cheio de verdade, ressoa ainda nos corações de quem busca compreender o valor dos dias dados por Deus.
Imagine uma rosa. No auge do florescer, ela se abre ao mundo, perfumando o ar e enfeitando o campo. Porém, com o tempo, suas pétalas começam a cair, uma a uma, até restarem apenas as lembranças do seu esplendor. Nossos dias são como essa rosa: efêmeros, frágeis e preciosos. O tempo vai se revelando como um presente limitado e belo, mas com a promessa de que, ao final, algo maior nos espera.
E em meio à limitação dos anos, surge a promessa divina: "Dar-lhe-ei abundância de dias e lhe mostrarei a minha salvação". Que promessa singular e preciosa! Deus, em Sua infinita bondade, nos oferece algo que vai além da duração da vida física. Ele nos promete abundância, não necessariamente de anos, mas de um significado que preenche e transcende o tempo. É a promessa de que, mesmo diante da finitude, cada dia pode ser vivido em plenitude.
A ciência nos oferece cuidados, medicamentos, novas técnicas e uma medicina que avança a passos largos. Vemos a expectativa de vida sendo calculada e reavaliada em números, desde os países mais pobres, onde muitos vivem pouco mais de trinta anos, até os países mais avançados, onde a média de vida supera os oitenta. O homem pode viver mais, mas, no fundo, ele sabe que cada novo dia é uma dádiva, um respiro concedido pelo próprio Criador. Mesmo quando os anos chegam ao limite, a promessa de Deus permanece: aqueles que O conhecem e amam experimentarão não apenas longevidade, mas uma vida abundante em Seu amor.
Lembro-me de uma senhora que, apesar de seus muitos anos, tinha um sorriso que irradiava juventude. Para ela, cada dia era um novo capítulo a ser escrito. Perguntada sobre o segredo da sua felicidade, ela dizia: “Não conto os anos, conto as bênçãos. É isso que me faz sentir que a vida, mesmo breve, vale a pena.” Seu coração transbordava, pois cada manhã era uma oportunidade de se conectar com Deus, de se alegrar com a simplicidade da vida e de sentir a presença divina.
Essa senhora é o exemplo da promessa de Deus em ação: uma vida cheia de significado, onde o número de anos se torna secundário diante da paz que o Senhor nos dá. Para aqueles que colocam sua esperança Nele, o tempo não é um inimigo, mas um aliado, cada dia um convite para experimentar mais da graça divina.
Hoje, ao olharmos para nossa própria vida, podemos perguntar: estamos vivendo para acumular anos ou para nos encher da eternidade prometida? Cada dia é uma oportunidade de se aproximar de Deus, de desfrutar do Seu amor, de experimentar a paz que Ele oferece, uma paz que não depende da quantidade de anos, mas da qualidade do tempo que passamos em Sua presença.
Assim, o Salmo 90 nos traz um convite. Ele nos lembra que, embora nossa vida aqui seja limitada, cada momento vivido em comunhão com Deus é como uma gota de eternidade em nossa alma. E a promessa de Deus para nós é de que, além dessa vida breve, Ele nos reserva uma salvação eterna. O tempo, que tanto tentamos estender, é um mensageiro que nos aponta para algo maior.
Que possamos viver, então, cada dia como uma oferta de gratidão ao Senhor, permitindo que Ele preencha nossa vida com a paz que só Ele pode dar. Que cada momento seja vivido em Seu amor, sabendo que, além dos setenta ou oitenta anos que possamos ter, o Pai nos espera com braços abertos, prontos para nos acolher na eternidade.
Vivamos com o coração pleno de esperança e gratidão, sabendo que, enquanto o tempo passa, a graça de Deus permanece. Que nosso tempo aqui seja apenas o começo de uma vida que floresce e se realiza plenamente em Sua presença, na vida que não termina.
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