Escola Bíblica Dominical - Lições Bíblicas CPAD Adultos - 4° Trimestre de 2024
As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu
Lição 5: A Promessa de Salvação
3 de novembro de 2024
DEVOCIONAL DIÁRIO
Leitura diária - Quarta-feira
Justificados e tendo plena paz com Deus (Romanos 5.1)
“Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo.” (Romanos 5.1)
Quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Imagine o alívio ao sair de uma sala escura e fria e ser abraçado por um céu azul e um calor suave. É como respirar fundo, sentindo a liberdade do ar fresco, enquanto todo o peso anterior parece se dissipar. Essa sensação de alívio e renovação é um vislumbre da paz que experimentamos ao sermos justificados diante de Deus. A justificação é mais do que uma simples mudança de condição; é uma reconciliação profunda e definitiva. Deus, em Seu amor, remove a culpa que uma vez nos envolvia, e em Cristo somos declarados justos — tão puros e livres como o céu ao amanhecer.
Quando ouvimos sobre “justificação”, estamos tocando o coração do Evangelho. O pecador, uma vez condenado pela sua rebelião e desobediência, agora é declarado justo. Não há mais acusações, não há mais culpa. Deus nos vê através do sacrifício de Seu Filho, e nos trata como se nunca tivéssemos pecado. Essa não é uma permissão para o erro, mas um convite para viver na plenitude da graça.
No mundo, há uma diferença entre estar em paz e ter paz com alguém. Ter paz com Deus é uma realidade além de uma simples calmaria na alma. É uma certeza profunda e real de que, por causa de Jesus, nossa relação com o Pai é completa e sem barreiras. Essa paz, que nada neste mundo pode conceder, nasce do fato de que Cristo, com Suas mãos marcadas pelo cravo, apagou o escrito de condenação contra nós. Tudo aquilo que nos distanciava do Pai foi removido, cada obstáculo vencido, para que nada se colocasse entre nós e o Criador.
Pense em um rio que antes corria livremente, mas ao longo dos anos acumulou pedras e obstáculos que restringiram seu fluxo. A água, embora ainda ali, fica represada, o fluxo interrompido. Contudo, quando alguém retira essas pedras, o rio corre novamente em toda a sua força e beleza. Assim, quando Cristo nos justificou, Ele removeu cada pedra de condenação e culpa. A reconciliação com Deus flui novamente em nossa vida, levando paz ao nosso espírito e segurança ao nosso coração. Nós, antes isolados, agora estamos imersos no amor incondicional de Deus.
Essa paz, portanto, não é apenas um estado de tranquilidade, mas um relacionamento restaurado. Em nosso novo estado, desfrutamos de uma comunhão profunda com Deus, experimentando a segurança de quem sabe que está em Seus braços eternos. Nos momentos em que o peso do passado tenta retornar, podemos lembrar da obra completa de Jesus. Ele pagou o preço, tomou sobre si nossa punição, e nada mais resta a ser cobrado. Somos livres.
E essa liberdade em Cristo não é apenas uma ausência de medo, mas uma presença de amor. Ele nos convida a caminhar ao Seu lado, não como prisioneiros libertos por um breve momento, mas como filhos que pertencem à Sua casa para sempre. É nessa liberdade que encontramos o espaço para crescer, para amar e para viver uma vida plena, refletindo a paz que só Ele pode dar.
No ponto de vista pentecostal, a justificação é o ponto de partida para uma vida no Espírito, uma jornada contínua de santificação. Somos declarados justos e convidados a caminhar em uma nova vida, onde o Espírito Santo nos fortalece e nos guia. É um ciclo de graça: fomos justificados e, nessa segurança, buscamos crescer mais próximos de Deus, vivendo de forma que reflita Sua santidade.
Ao final de tudo, a justificação nos relembra do maior dos presentes — a reconciliação com o Pai. Caminhamos em paz, pois fomos perdoados, amados e acolhidos. Que jamais nos esqueçamos do preço que foi pago para que tivéssemos essa paz, e que, em cada passo, possamos celebrar essa liberdade, vivendo uma vida que honra Aquele que nos justificou. Que nossos corações ecoem com gratidão, e que nossas vidas sejam um testemunho vivo da paz que encontramos em Cristo, o Príncipe da Paz.
Assim, ao nos olharmos no espelho de Deus, não vemos mais o reflexo da condenação, mas sim a imagem de alguém amado, perdoado e reconciliado. Essa é a paz que Ele nos oferece.
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