Escola Bíblica Dominical - Lições Bíblicas CPAD Adultos - 1° Trimestre de 2024
O Corpo de Cristo — Origem, natureza e vocação da Igreja no mundo
Lição 5: A Missão da Igreja de Cristo
4 de Fevereiro de 2024
DEVOCIONAL DIÁRIO
Leitura diária – Terça-feira
A Igreja e o Discipulado (Mateus 28.19)
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. (Mateus 28.19)
Terça-feira, 30 de Janeiro de 2024

Jesus, ao pronunciar a Grande Comissão em Mateus 28.19, não apenas instigou Seus seguidores a "pregar" e "proclamar", mas a um chamado mais profundo: "Ide, ensinai todas as nações." Nesse contexto, a palavra-chave é "discipular". Enquanto "pregar" e "proclamar" enfatizam a expansão do Evangelho, "discipular" concentra-se na instrução e formação daqueles que já estão no corpo da igreja.
O verbo grego "matheteuo", que traduzimos como "discipular", aparece apenas quatro vezes no Novo Testamento, enquanto o substantivo "discípulo" (gr. mathetés) é mencionado 261 vezes. Essa discrepância quantitativa ressalta a importância da qualidade sobre a quantidade quando se trata do discipulado cristão.
Discipular não é apenas frequentar os cultos e participar das atividades da igreja; é um compromisso mais profundo, uma jornada de aprendizado e crescimento espiritual. Jesus estava, essencialmente, dizendo: "Vão e façam discípulos", uma instrução que ultrapassa a mera conversão inicial.
A igreja não é composta apenas por "crentes"; ela é formada por discípulos. A distinção é crucial. Um crente pode ser alguém que crê em Deus, mas um discípulo vai além, comprometendo-se a seguir, aprender e reproduzir o caráter de Cristo na vida dos outros.
Ser parte da igreja local não é garantia de discipulado. Discipulado é um processo ativo de assimilação dos ensinamentos de Cristo e aplicação prática na vida diária. É mais do que acumular conhecimento; é viver de acordo com os princípios do Reino e influenciar outros a fazerem o mesmo.
O verdadeiro discípulo é capaz de reproduzir o que aprendeu. Ele não apenas consome, mas compartilha. Ele não apenas absorve, mas irradia. A marca de um discípulo não é apenas a assiduidade na igreja, mas a capacidade de impactar vidas ao seu redor.
Ao enfatizar o discipulado, Jesus estava construindo uma comunidade de aprendizes ativos, dispostos a investir tempo e esforço na jornada espiritual uns dos outros. A instrução vai além do púlpito e permeia a vida cotidiana, moldando caráteres e formando discípulos que, por sua vez, formam outros.
O discipulado é a resposta da igreja ao desafio de fazer diferença no mundo. Não se trata apenas de atrair pessoas para dentro da igreja, mas de capacitar aqueles que já estão dentro a se tornarem agentes de transformação lá fora. A Grande Comissão é uma chamada à ação, não apenas à contemplação.
Portanto, a igreja, ao seguir a ordem de Jesus para discipular, se torna uma comunidade dinâmica, onde a vida cristã não é um evento, mas uma jornada constante de aprendizado e serviço. Ao compartilhar os princípios do Reino e investir na formação de discípulos, a igreja cumpre seu propósito de ser uma luz para o mundo e um reflexo tangível do amor e da graça de Cristo.
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